sábado, 7 de junho de 2014

Exposição Virtual: Memórias de Carolina de Jesus.

O registro fotográfico compõe parte do trabalho de resgate da memória de Carolina de Jesus, que iniciou nas aulas de Leitura e Produção de Texto da Língua Portuguesa. 
Orientação da docente: Lúcia Leiro.

Objetivo Geral: Apresentar o olhar do grupo sobre a obra – Quarto de Despejo: diários de uma favelada, de Carolina de   Jesus, por meio do registro fotográfico inspirados pelas leituras da escritora, fomos a rua para enxergar a realidade tão bem representada no sentimento pungente dos escritos de Carolina.



CAROLINA DE JESUS: VIDA E OBRA.


TEMA

O presente projeto foi desenvolvido na Universidade do Estado da Bahia (UNEB) durante as aulas na disciplina Leitura e Produção de Texto: Orientação docente Lúcia Leiro e tem como tema Memórias de Carolina Maria de Jesus.

INTRODUÇÃO

           A autora de Quarto de Despejo: diários de uma favelada nasceu em 1914, em Sacramento, um vilarejo rural no Estado de Minas Gerais e foi à escola apenas até o segundo ano primário. Trabalhou na roça com a mãe, desde muito cedo. Depois, ambas foram empregadas domésticas.  Já em São Paulo, na favela do Canindé, como catadora de papel e mãe de três filhos, viveu sozinha desde 1947.  Publicou seu primeiro livro: Quarto de Despejo, em 1960. O sucesso foi imediato. Vendeu o equivalente, naquele ano, a Jorge Amado. Seu livro foi publicado em 13 línguas, em mais de 40 países até a sua morte.
Seus escritos auto-bibliográficos registram as primeiras denúncias contra o Governo e consequentemente relatam a indiferença dos governantes quanto a população oprimida e marginalizada. É deste contexto que emerge uma das nossas maiores representantes negras na literatura brasileira, marcada por dar a voz aos excluídos e “jogar na cara” da sociedade os próprios “despejados”. Uma realidade pouco explorada no mundo literário, até aquele momento: O real contexto social das favelas.
De acordo com os PCN de Língua portuguesa o domínio da língua, oral e escrita, é fundamental para a participação social efetiva do sujeito, sendo a literatura um suporte indispensável na construção do leitor, por meio da literatura ele faz descobertas  sobre si e o mundo plural, marcado por diversos valores  culturais e  múltiplas maneiras de organização social.
 Partindo deste pressuposto os educadores têm que conhecer e reconhecer a importância da literatura afro brasileira na construção da identidade do aluno, dessa maneira, se faz necessário ressaltar, que o ensino de língua portuguesa e literatura devem ser abordados de forma contextualizada pautado na realidade dos estudantes e contemplando os temas indicados nas diretrizes curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Racial. A obra da autora Carolina de Jesus é um instrumento de acesso a literatura afro-brasileira que ainda continua sedenta de publico, reafirmando a importância deste projeto na divulgação e compartilhamento dos seus escritos de Carolina.

OBJETIVO GERAL:

Investigar e compartilhar por meio de um blog a biografia e as obras da escritora Carolina Maria de Jesus, busca-se destacar a confirmação de sua voz autoral no contexto da literatura brasileira e salientar a relevância de suas obras para a formação do leitor critico.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Apresentar uma breve biografia da poetisa;
Conhecer o gênero textual da autora;
Analisar a relevância dos escritos de Carolina no contexto social e de gênero;
Valorizar a força da voz autoral marginal;
Compreender como os escritos de Carolina contribuem para a formação do leitor;
Construir de um blog para fins de compartilhamento das memórias da autora;
Realizar  uma exposição virtual com inspiração nas obras da autora. 
   
JUSTIFICATIVA:

O grupo composto por: Sulamita Santos, Helena Santos, Tamires Pinho, Ednilson Rocha e Nilma Santos, compreendeu após ampla discussão a relevância das narrativas de Carolina de Jesus para auxiliar na construção de uma identidade cultural étnica do leitor e reconhecimento de uma literatura marginal feminina no Brasil.



A escolha do tema memórias de Carolina de Jesus é, sobretudo uma intenção de homenageá-la  no ano  do seu  centenário com a divulgação de suas memórias para o publico, seus escritos ainda vive, então uma invisibilidade editorial, assim como outros escritores a exemplo de Lima Barreto, pertencente a literatura afro brasileira, este silenciamento literário está presente nas obras de Carolina de Jesus, diante disso a importância de ampliar as pesquisas e  divulgar suas obras.
As narrativas de Carolina sobre o cotidiano, dilemas, amores, Sonhos e desafios de ser uma escritora que carregava a cor da noite despertou na equipe uma identificação com a autora, uma vez que as vivências do grupo estão carregadas de histórias que se assemelham  com seus escritos.

METODOLOGIA



Pesquisa bibliográfica desenvolvida a partir de materiais publicadas em livros, artigos, dissertações e teses acerca do tema, visita á campo, registro textual e audiovisual (vídeo e fotografia, blog).

REFERENCIAL TEÓRICO:

O presente trabalho tem como fundamentação teórica o PCN de língua Portuguesa, o conceito de linguagem de Bakhtin, gêneros textuais e os escritos de Carolina.

GÊNERO TEXTUAL:
  
Destacarmos os gêneros: Diários, memória, autobiografia, romance, poema, carta e bilhetes identificados pelo grupo, no artigo História de vida, produção literária e trajetórias urbanas da escritora negra Carolina de Jesus, autoria de  José Carlos Gomes da Silva ele descreve detalhadamente os diversos gêneros textuais presentes na obra da autora.

VOZ AUTORAL:

Mestre em Teoria da Literatura, ênfase em Literatura Brasileira,   Christiane Toledo, V. S. em sua tese “O estudo da escrita de si nas obras de Carolina Maria de Jesus: a célebre desconhecida da literatura brasileira’’ confirma a voz autoral marginalizada de Carolina de Jesus. A socióloga Vilma Reis integrante do Coletivo Carolinas reafirma a voz autoral da escritora e a importância da divulgação dessa grande autora.